Jovens adolescentes já apresentam danos da exposição solar

19/04/2012 11:51

Um novo estudo, que usou um tipo especial de fotografia para revelar sinais de danos solares, aponta que jovens adolescentes já apresentam níveis de exposição a raios UV que podem aumentar o risco de desenvolver um melanoma mais tarde. Este é o tipo mais perigoso de câncer de pele e a principal causa de morte entre as doenças de pele. A análise foi publicada na versão online do periódico Journal of the American Academy of Dermatology.

Para a pesquisa, foram avaliados 585 meninos e meninas americanos que nasceram em1998 e tinham 11 ou 12 anos de idade no início do estudo. Todos foram submetidos a um teste fotográfico que identificava danos solares invisíveis a olho nu. Tais danos eram exibidos com pontos escuros sobre a pele dos participantes. Também foram feitos exames corporais por uma equipe composta por um dermatologista, um pediatra, um estudante de medicina e uma enfermeira pediatra.

Os resultados mostraram que mesmo jovens adolescentes apresentavam danos da exposição solar. Os mais afetados foram os meninos e as meninas com pele clara, olhos azuis, ruivos e/ou com sardas. Segundo o especialista que conduziu o estudo, em colaboração com um estudioso da University of Colorado Cancer Center in Denver, nos Estados Unidos, um em cada 50 americanos irá enfrentar o diagnóstico de melanoma ao longo da vida.

Os pesquisadores esperam que tais evidências mostrem a necessidade de cuidar da pele logo cedo. É preciso usar filtro solar diariamente e evitar a exposição solar das 11h às 16h.

Filtro solar é indispensável durante todo o ano

Forte aliado da pele no combate às machas, queimaduras e ao câncer de pele, o protetor solar é produto indispensável para os cuidados com a pele. O problema é que muita gente associa proteção solar ao verão ou aos dias ensolarados. Mas os perigos da superexposição aos raios ultravioletas existem até mesmo nos dias nublados e em pleno inverno.

Deixar de usar o filtro solar pode trazer problemas graves como câncer de pele e lesões cutâneas graves que deixam marcas na pele. "O filtro solar deveria ser visto como medicamento de uso diário", explica a dermatologista Meire Parada Brasil, da Unifesp. "Mesmo na neve, sofremos os efeitos da radiação solar", conta a dermatologista Daniela Taniguchi, da Escola de Medicina do ABC.

Proteção intensiva sempre!
Durante o inverno, há uma diminuição da incidência dos raios ultravioletas UVB, principais causadores dos cânceres de pele, porém, os raios UVA, também nocivos, têm poder de penetração regular na pele, causando manchas, pintas, que podem virar um câncer e até o fotoenvelhecimento, envelhecimento precoce da pele por excesso de raios solares.

"Há a diminuição na produção de colágeno, atingindo a derme e causando flacidez e envelhecimento. Se uma pessoa passa a vida inteira sem usar o protetor no inverno, pode ter problemas sérios na pele", explica Meire Brasil.

Que fator de proteção se deve usar?
Quando o assunto é o fator do protetor solar, as duas especialistas são taxativas: no mínimo fator 30. Os dermatologistas recomendam o fator 30 como padrão mínimo porque em geral, não obedecemos ao intervalo com que deveríamos usá-lo, daí a baixa proteção da pele, mesmo no inverno.

"Vale lembrar, no entanto, que a proteção dura apenas 30 minutos e que o protetor deve ser reaplicado a cada banho e situação de suor ou, em média, a cada duas horas. É importante evitar períodos de maior intensidade solar, entre 10h e 15h, que também são perigosos no inverno", diz a dermatologista Meire.

Creme ou gel?
Depende muito das características da pele de cada um, mas em geral, o mais apropriado é a textura em creme, já que no inverno a pele fica mais ressecada por natureza e o gel, à base de álcool, favorece ainda mais o ressecamento. "O gel penetra melhor na pele e é menos oleoso, só que o creme hidrata mais e deixa a pele mais macia, por isso é melhor optar por ele", explica Meire Brasil.

Fonte: Yahoo.com Beleza e saúde